LIQUIT: Vozes dos territórios busca compreender, mapear e articular as vozes das comunidades afetadas pela mineração de lítio, desde a especulação até a prospecção.
O acrónimo LIQUIT se refere à diversidade de populações Locais, povos Indígenas, Quilombos e comunidades tradicionais que habitam a região. A palavra remete também para o líquido precioso que dá vida e nome ao vale: o rio Jequitinhonha e a sua rede hidrográfica.
O Vale do Jequitinhonha tem sua origem no nascimento do Rio Jequitinhonha, em Minas Gerais, e se estende até desaguar no Oceano Atlântico, no extremo sul da Bahia. Ao longo dos séculos, o rio recebeu diversos nomes, como Rio Encantado, Patixa, Yiki-Tinhonhe, Giquiteon e Jequié-Tinhong, até ser consolidado como Jequitinhonha. O nome tem origem indígena, sendo uma junção de “jequi” (armadilha) e “onha” (peixe), significando “armadilha com muitos peixes”. Esse nome evidencia a profunda relação dos povos indígenas com o rio, que era fonte de alimento, vida e deslocamento.
As pessoas afetadas pela mineração podem e devem se envolver ativamente no licenciamento ambiental de um empreendimento desde o seu início.
Entre os dias 14 e 15 de dezembro de 2024, o município de Araçuaí (MG), no Vale do Jequitinhonha, sediou a 1ª Oficina Temática do
Comunidades Locais, Indígenas, Quilombolas e Tradicionais e a construção do “Vale do Lítio” em Minas Gerais, Brasil: Empoderando vozes silenciadas na transição energética (LIQUIT) – Esta pesquisa/projeto é apoiado/financiado pelo Programa de Subsídios para Pesquisa Orientada a Desafios da ODA 2024 da Academia Britânica, com apoio do Fundo de Parcerias Científicas Internacionais do Governo do Reino Unido